Você me pergunta aonde eu quero chegar
Se há tantos caminhos na vida
E pouca esperança no ar... e até a gaivota que voa
Já tem o seu caminho no ar.
O caminho do fogo é a água, o caminho do barco é o porto,
O do sangue é o chicote, o caminho do reto é o torto.
O caminho do bruxo é a nuvem, o da nuvem é o espaço,
O da luz é o túnel, o caminho da fera é o laço.
O caminho da mão é o punhal, o do santo é o deserto,
O do carro é o sinal, o do errado é o certo.
O caminho do verde é o cinzento, o do amor é o destino,
O do sexto é o cento, o caminho do velho é o menino.
O da água é a sede, o caminho do frio é o inverno,
O peixe é a rede, o do pio é o inferno.
O caminho do risco é o sucesso, o do acaso é a sorte,
O da dor é o amigo, o caminho da vida é a morte.
E você ainda me pergunta aonde eu quero chegar
Se há tantos caminhos na vida
E pouquíssima esperança no ar e até a gaivota que voa
Já tem o seu caminho no ar.
[Esta música tem um grande significado
para mim, e amanhã
é o Dia da Saudade.
21 de agosto, 19 anos sem Raul Seixas.]
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